O Assassinato da Fábrica – Um sonho, apenas um sonho

10/02/2010 at 1:25 (Criações)

Parte IV

Era uma manhã fria de Sábado quando saíamos da casa de Gustan.

Dormira em um sofá um tanto empoeirado enquanto tentávamos descobrir algo entre todas aquelas manchas negras já secas pelo tempo que passara.

Gustan estava atento ao pequeno pedaço de papel quando peguei no sono. Sonhara, ou poderia dizer, tivera um pesadelo com a tal fábrica. Tudo aquilo havia entrado em minha mente e se conflitava com os fatos e as pistas. Era como se tivesse entrado no local e na hora do crime e estive assistindo tudo, sem que ninguém me visse.

Tudo o que Helen havia dito;  ocorrendo como um filme. Tinha que saber a verdade.

Andara, inocentemente me escondendo, em direção à mesa da vítima. Observava cada objeto, cada movimento dele e dos que estavam a sua volta. Helen dizia que ia fazer o café e se guiava à cozinha quando esbarrou com a Sra Hilven, gerente do local. Fizera a pergunta, assim como contara e nada obtivera.

Era agora. Tudo aconteceria naquele momento. Me posicionei de uma maneira que conseguia ver todo o local, com exceção da cozinha. A Sra Hilven vinha em passos lentos. Olhava para os lados como se estivesse escondendo alguma coisa.

Fiz um movimento brusco para que percebessem minha presença no local. Ninguém me via. E assim fui ao lado de Hilven, procurando ver o que escondia. Não podia tocá-la, assim como não podiam me tocar também.  E foi quando ela se virou à contra luz…

… que Gustan me acordou com um suave grito. Não posso negar que estava de pé poucos segundos após o ocorrido. Os parentes de Gustan não gostariam de saber para todos os lugares que gostaria de tê-los mandado naquele momento.

“Sabe Gustan, sonhava com tudo o que vimos e ouvimos de Helen ontem.” – disse.

“Que ótimo Dopp! Pois hoje vamos…”

“Falar com a senhora Hilven?” – tentei com grande esperança.

“Não seja tolo, Dopp. Ficamos a noite inteira… bem, fiquei a noite inteira tentando retirar algo deste pedaço de papel. Preciso falar com Hulisses. Ele deve ter algo para me dizer sobre isso tudo, o que acha?” – disse Gustan como se retirasse um doce da mão de uma criança.

“Mas eu acho que Hilven tem muito mais a esconder nessa história toda.”

“Ok, Dopp. Agora vamos para o carro. Temos que encontrar com Hulisses o mais rápido possível.”

“Mas…”

E como discutir com Gustan? Existe maneira?

Link permanente Deixe um comentário